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A gestão de riscos é uma rotina que acompanha os empresários já a algum tempo. Contudo, o assunto vem ganhando notoriedade no Brasil em função dos inúmeros escândalos ocorridos no mundo empresarial. Além dos escândalos, o engrandecimento das empresas, tornando-as mais complexas, os novos formatos das instituições financeiras e outros mercados, contribuíram para aumentar os riscos dos negócios.

Os riscos podem ser definidos como a probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em decorrência de acontecimentos eventuais e incertos, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados.

Tanto no cotidiano das pessoas, como no universo corporativo, os atos e as atividades desenvolvidas envolvem riscos.

As empresas presentes no mundo corporativo deparam-se com assuntos cada vez mais corriqueiros no seu dia a dia. Questões como corrupção, fraude, falta de ética nos negócios, dentre outros, geram incertezas que prejudicam a realização dos objetivos das empresas, não restando dúvida que o gerenciamento dos processos, são essenciais para que as organizações possam auferir lucros, criando valores e propósitos.

Com a globalização, o ambiente de negócios se tornou mais dinâmico e competitivo. Governos criaram regras mais rigorosas para equilibrar o funcionamento do mercado e a sociedade começou a exigir maior transparência nas informações e responsabilidade das companhias.

A gestão de risco, portanto, passou a ser vista como algo que gera benefícios como a melhoria dos processos, otimização de recursos e o fortalecimento da reputação.

Toda e qualquer atividade tem grandes chances de dar errado e o erro pode custar caro para o negócio. Prevenir é melhor que remediar.

Ao se colocar em prática a gestão de risco, a companhia começa a exigir a obrigatoriedade de qualidade e a busca constante de propostas de valor. A gestão de risco surge também como forma de blindar perdas financeiras e danos à imagem da empresa.

Como escopo de trabalho principal da gestão de risco, ela é responsável por identificar as incertezas, medir sua probabilidade e seus possíveis impactos, estabelecer como ele será testado e as possibilidades de reduzir ou eliminar seus efeitos.

Dessa forma, avaliam-se todas as inconformidades possíveis, sejam elas internas ou externas.

Depois do respectivo mapeamento é prudente definir os indicadores de desempenho, pois eles serão as referências para analisar as atividades e aí sim, avaliar se elas estão gerando resultados ou não, respaldando assim, as tomadas de decisão.

Agora, certo é, que para que tudo isso ocorra, é de fundamental importância a criação nas corporações de uma área de governança corporativa, na qual terá como responsabilidade o acompanhamento dos processos internos e externos para que sigam em conformidade com os valores e os propósitos da empresa, refletidos nos procedimentos internos, amparados nas legislações que regem a corporação.

Em resumo, as empresas que pretendem se diferenciar e permanecer no mercado, terão que fortalecer o compliance.

Nos dias atuais a sociedade clama por corporações confiáveis e éticas; e por outro lado o governo começa a apertar a vigilância sobre os aspectos legais que envolvem relacionamentos políticos.

Portanto, para se conseguir maior transparência nos negócios, as corporações terão que a cada dia aprimorar a gestão de riscos.

André Luis Soares Pereira

Sócio Fundador do GSP – Grupo Soares Pereira

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