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Por Priscilla Paradelo

Começou como uma ação promocional que se restringia apenas ao comércio online. Mas, como tudo no varejo, que se espalha como epidemia, rapidamente todos os varejistas sentiam-se impelidos a participar deste movimento que tanto repercute a cada ano.

Não vamos nem citar aqui os maus feitos dos grandes varejistas de e-commerce. Todos aprenderam a lição, e mesmo que não tivessem aprendido, agora todos já sabem como validar os preços anunciados. Aquele “confere” umas semaninhas antes da santa sexta, sim, vale dar uma olhada nos preços para ter uma base depois.

Como já apontado acima, não vamos mergulhar nos erros. Passou! Inclusive, o Google apresentou ao mercado uma estimativa crescimento nas vendas online de até 20% para a data. E, veja, 91% dos consumidores já estão pesquisando, há aproximadamente 2 semanas, os produtos que desejam comprar.

Mas e no varejo físico?

Uma marca de vestuário, com 3 lojas apenas em operação. Quando entra o mês de novembro os colaboradores já começam a perguntar: “E aí? O que vamos ter de Black Friday na loja?”.
Na mesma estimativa apresentada pelo Google, vestuário feminino aparece com 39% de participação na intenção de compra – ainda falando de online. Mas essa consumidora que está contando os dias para renovar o guarda-roupa na Black Friday, será que só mulheres webshoppers gostam de comprar roupas com um excelente desconto?

Bom, se você franqueador, seja lá de que segmento for, vai decidir por participar dessa ação que movimenta tantos consumidores ao redor do mundo, a decisão é particular e toda sua. Não se sinta pressionado pelos funcionários, nem pelos concorrentes. Até porque você precisa estar com uma margem e cobertura coerentes para fazer esse tipo de ação. Além disso, é necessário investimento em comunicação. São duas vias: não adianta promocionar e não anunciar, mas não adianta anunciar e não ter cobertura de estoque suficiente para a procura.

E um ponto muito importante, que parece ser “detalhe” para quem está muito envolvido no dia a dia da operação, é: CONCEITO! Sim, talvez você não tenha nada de tão especial no mix neste momento, ou nada que possa destacar de todo o mix para promocionar de forma isolada – isso lembrando de novo da cobertura do estoque – e quem sabe não está nem mesmo podendo dispender de investimento considerável para divulgar a “sua black Friday”. Pois saiba que um bom conceito por trás da ação pode ser a chave para o sucesso.

Entenda, se não há uma promoção agressiva para fazer e você ainda não se sente seguro para comunicar uma Black Friday da forma tradicional, adapte a ocasião à sua realidade. Não adianta adesivar a vitrine, encher de percentuais de desconto, e só ter uma prateleira, ou uma ararinha de com 10 peças em promoção. Desta forma, o consumidor poderá ficar frustrado ao entrar na loja e perceber que a promoção “estampada” na vitrine é maior do que o que você realmente está oferecendo no interior do PDV.

Mais uma vez… Nestas situações, a criatividade ganha espaço. Não só é preciso avaliar a cobertura de estoque, mas é preciso elaborar uma mecânica de descontos interessante, diferenciada, que instigue o consumidor a entender como “ganhar” com ela. Associar produtos, composição de looks, descontos progressivos…tudo isso vale. Mas como você vai embalar isso tudo? Essa é a parte mais importante, acredite. Um conceito proprietário poderá fazer toda a diferença na sua Black Friday.

Então, prepara-se!

 

 

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