Um novo modelo de negócios vem crescendo bastante no país nos últimos anos, é o chamado private equity ou fundos de investimento. Grandes empresas, redes de fast-foods, supermercados, escolas, hospitais, industrias, academias, é difícil mapear os segmentos onde esses fundos, que captam recursos de grandes investidores e adquirem fatias de marcas consideradas prósperas, não estejam.
A diferença dos fundos de Private Equity para os demais Fundos de Ações está no modo como este participa de uma empresa. As empresas que investem em outras empresas através de fundos de PE participam ativamente da sua gestão e administração, além de adicionar capital para a companhia.
O foco são empresas promissoras, mas que ainda não entraram na Bolsa de Valores, ou seja, que ainda estão fechadas ao mercado de capitais. O objetivo é captar recursos para alcançar desenvolvimento da empresa, acelerar seu crescimento, para depois vende-las por um preço maior, gerando lucro para remunerar seus investidores. Na maioria dos casos as empresas que se deixam comprar são empresas que querem crescer e precisam de ajuda estratégica e financeira.
De acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, foram R$154,3 bilhões de capital destinados a este modelo de investimento no país em 2017, que engloba tanto as empresas que compram fatias de outras companhias, como as que apostam em start-ups ou empreendimentos de risco.
Um exemplo recente desse tipo negócio foi a compra da rede de pizzarias Domino’s, pela Vinci Partners II, que também é gestora de marcas como Burger King, Unidas Rent a Car e da universidade Uniasselvi e que movimenta R$6 bilhões em todos os seus fundos.
Outro exemplo foi a compra da Walmart no Brasil pelo fundo Advent e da Fábrica de Bolo Vó Alzira, onde 40% foi comprada pela Leste. Segundo a Transactional Track Record, houve no ano passado 93 transações de compra de participações de empresas, 65% a mais do que em 2016.
